Madrugada
Madrugada,
Todos dormem
Até os fantasmas
Fazem silencio.
Os bêbados nos bares,
Alguns nas calçadas
jogados em seu próprio vômito .
Outros se embebedam
Com seus whiskeys importados,
Em seus apartamentos de luxo.
E eu aqui, na madrugada,
Sóbrio, olhando nos olhos
Da realidade.
Com meus olhos abertos
E a alma na ponta de uma caneta.
Me recuso a dormir
Me recuso a ser enganado
Por sonhos ou pesadelos.