Da vida fiz minha emoção diária
Ao longo da vida juntei meus receios
Sem demonstrar minhas dores
Tantas flechadas levei sem reclamar
Meus amores, meus desenganos...
Minhas mãos que os acarinhavam
Estão vazias...
Quem sou eu?
De onde vim?
A quem dar este amor desordenado
Que carrego como se bagagem fosse
Nem sei o tanto que vivi...
Se vivi, como foi?
Recolho as desventuras passadas,
Numa caixa vou depositar,
As brechas da minh’alma abri
O depósito está cheio...
De nada gostei,
Vou sentar recomeçar a juntar
Novas e boas bagagens
Nelas incluo o de melhor que
Tenho agora e aqui.