PLANÍCIES SOLITÁRIAS
Existência vazia e em cinzas,
Corpo cansado e iludido,
Vagando em territórios perdidos,
Rumo ao páramo onde tudo se finda.
Nas planícies solitárias de meu ser,
Percebo que tenho o direito de chorar.
E o tempo sempre renitente em continuar,
Fazendo a dor em meu peito crescer.
A felicidade se tornou muda e fechada,
O destino me fez solitário numa estrada abandonada,
Condenado ao horizonte sombrio.
Preso às correntes da amargura,
Ainda sonho com o seu toque de ternura,
Na esperança que algum dia me resgate do frio.