NOTURNO
Noite... E eu só.
Tão noturno como o relâmpago vadio,
Padecendo em céu escuro.
Só como um pingo de chuva,
Frágil cristal que se esvazia
Contra terras secas.
Noturno eu,
Ébrio em madrugadas frias,
De bares e beira de cais,
De música e vinho.
Noturno vazio,
Em meio a tantas pessoas.
Pedaço de sol em noite fria,
Resto de perfume, frasco que se quebrou...
Vadio noturno. Eu apenas,
E meus passos pelas ruas molhadas,
Em busca do infinito.
(do meu livro de poesias “Tatuagem”)