AINDA ME RESTA O VIOLÃO

Agora são dezesseis e vinte e um

Dinheiro no bolso, nenhum

Isso não traz felicidade

Pego meus poemas de gaveta

Eu vou é cair na sarjeta

Em busca da minha mocidade

Que ficou em algum lugar

Nesse tempo todo a passar

Por tantas estradas da vida

Nas costas um cobertor rasgado

E nos pés um chinelo velho furado

Olhando a paisagem colorida

Com meu velho cajado na mão

Ainda me resta o violão

Para as serenatas ao luar

Pelos lugares aonde passo

Carente de mais por um abraço

E um ombro amigo pra chorar!

Escrito as 16:32 hrs., de 11/09/2019 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 11/09/2019
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