AINDA ME RESTA O VIOLÃO
Agora são dezesseis e vinte e um
Dinheiro no bolso, nenhum
Isso não traz felicidade
Pego meus poemas de gaveta
Eu vou é cair na sarjeta
Em busca da minha mocidade
Que ficou em algum lugar
Nesse tempo todo a passar
Por tantas estradas da vida
Nas costas um cobertor rasgado
E nos pés um chinelo velho furado
Olhando a paisagem colorida
Com meu velho cajado na mão
Ainda me resta o violão
Para as serenatas ao luar
Pelos lugares aonde passo
Carente de mais por um abraço
E um ombro amigo pra chorar!
Escrito as 16:32 hrs., de 11/09/2019 por