Noite

Abro a noite com um cálice de vinho

A lua me espia, entre um gole de saudade

E o torpor da minha embriaguez.

Penso no destino, esse,

Que me leva de um lado a outro,

Entre a luz e a treva.

Olho o céu, e sei que o vento varre toda angústia,

Essa intrusa inoportuna!

Abro a noite com vinho,

Mas termino aqui sozinho, fugindo...

Fugindo da saudade,

Em prantos de lembranças,

Que ficarão na eternidade.