A linguagem da solidão
Nas retilíneas do coração,
Meros sons se formam
Trazendo aos meus ouvidos
A linguagem da solidão.
E não há mais nada.
Nada que eu possa fazer.
Meus olhos perderam-se no infinito
Em busca da sua beleza mais rara.
Minha boca, que por ora chamava-te...
Calou suas palavras sofridas
Que desesperadamente
Propagavam-se pelo ar
Na sua procura.
E em um silêncio mórbido,
Ouço as lamurias do meu coração
Que se manifestam em todos os sentidos
Desejando-te a cada momento.
Lágrimas gotejam meus lençóis,
E me sentindo fraca
Vejo que não há saída:
Irei embora para sempre.