Quem sou eu?

Entre mistérios e punhos perdidos

Eu sou o que me fizeram

Não sou o que sei de mim

O que restou não resta nada

Me perdi na minha estrada

Procurando algum afeto

Sou retalhos de heranças ancestrais

Surtos que voltam atrás

Do meu passado traumático e ameno

Cansado

Antigo

Sereno

Me torno fruto de quem me furtou

Não dou passos paro o voou

Não sei quem fui e onde estou

Atiro em mim a tua flecha

Julgo o que teu olhar contesta

E me rendo de joelho em pés de quem fala

Imploro,

Me cala!

Sou por ti

Por mim sou nada

Fui então quem não quero ser

Dependo da tua esperança

Da fala que a mim tu lança

A tua espada

Soterrada em desejos que não são meus

Para mim eu disse: Adeus!

E dou quem tudo queres de mim ter

Para amar

E não doer

E Sozinha nunca morrer.

Sozinha não sou, não quero ser.

Bruna S S E
Enviado por Bruna S S E em 17/08/2019
Código do texto: T6722484
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