Impenetrável

Esse frio que gela até a espinha

Condiz bem com o que rola na minha vida

Essa chuva fraca e serena

Que pela noite entrega

Como os sentimentos que me faltam

São os que me fazem continuar

Esse vento cortante que penetra

Onde pensei ser impenetrável

Alcança até o osso

E me faz lembrar

Que a noite as vezes durmo cedo

Só para o outro dia logo chegar

E assim eu vou levando

De pouco a pouco me desgastando

Permanecendo calado

Porque o que for compartilhado

Deixa de ser somente meu

E eu ando bem egoísta ultimamente

Se eu saio contra a minha vontade

Pretendendo não trombar ninguém

Parece coisa de desmiolado

Mas faz tanto frio no meu quarto

Que eu não aguento mais ficar parado

Se quem canta seus males espanta

Eu solto a voz que existe na minha consciência

Que depois de falar tanto pra mim mesmo

Nem sei se ainda pode ser ouvida

PoemasOIntermitentes
Enviado por PoemasOIntermitentes em 02/08/2019
Código do texto: T6710999
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