Sinfonia do Silêncio (Redbird²)

Feche, cerre seus olhos e não se esqueça do esquecimento.

A dor se supri ao sentir o sentimento isento da semente da mente,

Identifica, instalá-se, hábil ela habita, seu corpo, acoplamento.

A resposta e seu preço abducente.

Sem rumo, trôpego através da falsa travessa.

Terra ruída, noite cinza, riacho seco.

Aversia da pergunta respondida que corre rente é incoerente.

O que mesmo dizia o pássaro azul que cantava a todo momento?

A memória do compasso que para a hora, ela ora o que por hora me consola.

Minha bússula agora não aponta mais para o norte, mas eu não choro.

Pássaro azul, agora sem auréola, desafinado não se conforma

E sua cantiga incorformada culpou o sem lenço de sua morte, mas não havia coro.

E escutei o silêncio (...)

Se a ampulheta parou ao indicar o tempo, me lamento e lembro.

Inquietação trás o pesar do ócio, e a suave brisa, a gravidade do vento

Esqueço-me do chão e do azul que recordou-se o tom.

Dizia sobre o peso eventual e as possíveis vicissitudes da vaidade

E escutei o silêcio (...)

Não há vislumbre maior daquele silêncio.

Que rui o ser e abre o peito e eu me pergunto.

O que libera o som e quebra o tormento?

O choro da sinfonia dos pássaros pintados de vermelho.

Sinfonia do silêncio, você chora? (...)

Mortalidade... Lembre-se da morte curvando-se, ao saciar-se da vida.

Você era maravilhoso, qual o motivo da sua ida?

Engasgado, afogado, silenciado, morreu completamente?

Em meu coração existia um pássaro azul que cantava a todo momento...

Com o tempo ele multiplicou-se mas eu só escutava o silêncio.

Havia um pássaro azul dentro do meu peito.

Meu sangue o pintou de vermelho.