AURA DE TANTO FAZ
Os vidros encerrados no caixilho
Daquela água-furtada escondiam
Ou, será, faziam era estribilho
da solidão a qual não respondiam?
Senhor Aquiles sempre acusado de orgulho
Só recebia luz provinda da claraboia.
Existência apagada sempre sob mergulho
Em lembranças de sua própria Troia.
Dizia-se :"Cada qual com sua cruz e fardo"
porque de dores fogem poetas e bardos.
Tudo muda, neste caso o bujão de gás
Encarregou-se de punir tanto tanto faz...