LUPA
Sobre o sol nascente reluzente em meus olhos
A lupa que camufla o olhar atento
É o passar batido, o dichave do dia a dia
Eu sou a lente que cobre a visão distorcida
Sou o que restou às prestes, novamente, de algum fim.
Haja coragem pra perder um anjo.
Uma amiga feita em poucos dias que retorna ao lar...
Nao é sobre perda, é sobre todo e qualquer lugar.
É sobre olhares e desejos reprimidos, deja vus, flash backs, intuição ou uma nova chance... Quem há de saber?
Sobre o não dito, beijos perdidos, o vento e o lazer.
Quem há de entender?
Madrugadas que voam,
Reconceituar família,
Neosoro e não mergulhar em sorrisos rasos.
É sobre viver entre cobras
É sobreviver entre falhas
Que eu cometo sem saber
Uma eterna espera em vão
Uma carta que aprisiona o coração
E uma nova paixão que eu sinto re-viver
É sobre lembranças que queria não ter
Remédios que não deveria beber
Noites em que finjo não ver
Dias em que preferia morrer
Verdades que é melhor nem saber.
É sobre o agora
O porém
O ódio e o além
Dias iguais
Justiça de ogum
Pés que caminham firmes
Por caminhos que não levarão
A lugar algum.