ASSIM QUE PARTAS
Assim que partas
Escutarei sublime
Tua voz em pleno silêncio
E eu nada esqueço.
Verei teu corpo vicejando
Aquecido de amor
Eu morrendo de frio
E não mereço.
E eu nada esqueço
Tocarei e beijarei tua boca
No escuro de meus olhos
Não percebo
E eu nada esqueço.
Mesmo que não estejas mais entre nós
Eu e este sentimento
Sentirei teu cheiro em meu pressentimento
Não tem jeito
Eu nada esqueço
Pois sou poeta
Morro de fome
Consumo palavras
Mas em todas elas
Recrio a tua face
Nada me é desapercebido
Se preciso choro sorrindo
E não mereço
E nada me esqueço.
Assim que partas
Ei de velar-te satisfeita
Entre letras e desejos
E não mereço
E nada me esqueço.