Não estou só, quando só estou. Solitude não é solidão !

Noite fria

Distante de tudo e de todos

Em meio a um silêncio extremo

A solidão me faz companhia, não estou só.

Almejo minhas realizações inatingíveis

Lua cheia oculta mistérios! Vejo-a da janela do meu quarto:

Meu esconderijo, meu refúgio, minha fortaleza!

A solidão me faz companhia, não estou só.

Reflito sobre minha existência

neste mundo de aparência

Não há amor, não há sonho, maligna é a realidade

Onde estás tu ó Verdade?!

Não há respostas, não há vozes, não há sorrisos

Há apenas a ausência, a omissão e a indiferença!

improfícuas são as súplicas aos deuses-mitos

Pois seu mais genuíno atributo é a inexistência

A solidão me faz companhia, não estou só!

O dia nasce...

Vozes, sons, presenças surgem...

Estou entre multidões...

Ninguém se assemelha a mim!

Sou distinto.

Sinto-me só: a Solidão me abandonou!

Maikon Jekson, 20/04/1996

MAIKON JEKSON
Enviado por MAIKON JEKSON em 14/06/2019
Reeditado em 15/06/2019
Código do texto: T6672495
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