RASTROS
Percorro teus rastros
Em minha desilusão
Já não tenho idade para sofrer
O próprio baú como eu
Outrora recolhe e encara suas frustrações
Na esperança de tudo dissipar
Ah, como te procuro
Entre todos te busco
Com esse desespero
Na saudade que escraviza neste meu leito
Nossa porção de ilusão
Quero outra boca
Mas nela caio no oco
Onde sou profundo caos
Poço do desejo
De amar-te mais
Não há lugar para mim
Não há lugar para a tristeza
Nesses risos falsos
De incertezas
Estou só
E tu onde estás?
Contribui para isso
Enterra-me a todo o momento
Com o que sinto...
Nem tento!