Solilóquio adormecido

Revirei gavetas pelo telegrama

Solilóquio lhe bastava

Novidade alguma lhe cativava

Pequerrucho garoto de programa

Findou-me num anagrama

Contei-lhe o quão amava

Espinhaço mal o botequim avistava

Dígitos vãos no anteprograma

E nada importava, então adormeço

Busco no leito aborto

Dos versos tortos

Amores mórbidos

Mas sempre acaba

Enlaço num porto

Desafio o corvo

Doloroso neste corpo

Mas sempre acaba

Despertados os olhos e estou de volta.

Rafael Ruiz Zafalon de Paula
Enviado por Rafael Ruiz Zafalon de Paula em 24/05/2019
Reeditado em 24/05/2019
Código do texto: T6655653
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