Olhares noturnos

O verbo calar impera e observa silencioso

Tempo que vai e vem, em nada preguiçoso

Espera fala do meu bem, diálogo precioso

Desse jeito, que a alma tem, esperançoso

Na matemática da vida, unir dois corações

É a soma preferida de umas combinações

E vou com todo amor, fazendo as orações

Mesmo que tantos seres vivam as solidões

Por entre paredes frias, paredes de alvenaria

Ficam olhares distantes à olhar as 3 Marias

No céu que vai gelando no sul com maestria

Ficamos nós, peças mudas e essa calmaria.