NO COMPASSO DA SOLIDÃO
Raiva à flor da pele
Sorriso em pouca expansão
Tudo em mim expele
No compasso da solidão.
Não sei viver assim
Tenho fulguras de tristeza em mim
E uma solidão se arrastando
E pingos de lágrimas em mim implantando!
Vou-me conforme sopra o vento
Nesse meu caminhar meio lento
Mesmo sendo atento
Sofro um total desalento
E uma grande dor por dentro.
A dor em mim já nem cabe mais
Perdi o resto de minha paz
Agora vivo em outra atmosfera
Estou virando a mais pura fera
Ferida no meio da escuridão
Sem espaço no compasso da ilusão.
Rondonópolis – MT, 2019.