CHUVA DA SAUDADE

Naquela madrugada que não passava,

ela tremendo, em mim encostava

murmurando, assim me dizia.

-Fique bem pertinho de mim,

sinto me tão protegida assim...

Era medo, da chuva que caía...

Pelas batidas de seu coração,

eu notava, toda sua aflição,

quando no quarto, tudo clareava...

Bem baixinho ia me falando,

por proteção procurando,

o meu corpo, ela apertava...

Por longo tempo permanecia,

e de junto de mim não saía

nos embrulhava, com um lençol...

Me lembro, que a tempestade,

só me trazia a felicidade,

enquanto não vinha o sol...

Ontem a noite, quando chovia,

estar com ela, tanto queria,

mas agora...Só resta recordação.

Enquanto nela estava pensando

e certo, que estava procurando,

em outro corpo a proteção...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 22/09/2007
Reeditado em 29/10/2008
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