Dias de uma vida...
Para cada dia da minha vida...
Há companhia do Anjo Negro...
Espremendo minha carne...
Deixa a arte senil...
Com um pavio...
Varonil...
A vida prossegue...
E por favor, me carregue...
Para um existencialismo...
Que contenha dinamismo...
Sou politeísta...
Sou ateísta...
Sou classicista...
Sou minha platéia...
Sem teia..
Me desfaço nas arreias...
Das ampulhetas de uma vida...
Recheada por outros fragmentos da alma-mater...
A manter distante do discurso hipócrita...
A palavra me envolve, dissolve e engole...
Cáritas dos destinos feitos a cada dias...
Por pessoas sem destinos certos...
A cada dia da minha vida...
Percebo a escuridão, vindo...
E meu coração não estando, findo...
E assim vou indo...