Na estrada

Me perdi na estrada onde caminhava só

Por entre os passos da solidão

Sentia apenas os pés ao chão

E na garganta o nó.

Por entre a poeira

Rosas e roseira

Da mais pura beleza

Que não pude ver, com pouca destreza

Como se não houve calma

Como se despisse Minh ‘alma

Do mais puro nada

Da voz quieta embargada

Como se não houvesse o “eu”

Como se fosse mero nada

De alguém que se perdeu

No caminho da própria estrada.

(Xande. Matos)