O grito do demonio

Mais uma madrugada afogado na mais pura depressão

A ansiedade não me deixa respirar

Destruído por palavras que não param de ecoar

Fecho meus olhos na esperança de não acordar

Pois a este ponto já deixava de me importar.

A oportunidade perfeita para meu demônio interno despertar

Aquela voz irritante que não para de gritar

Aquele mísero momento que ele não deixa de me lembrar

Todo aquele ódio que eu não consigo me libertar.

A voz bem lá no fundo gritando que a todos eu devia magoar

Palavras que como adagas eu deveria usar

E a solidão que eu deveria me agarrar.

Mais que isso o demônio descontrola minha razão

e continua dizendo:

"congela este coração"

"ignora quem só finge te amar"

"deixe a frieza te abraçar"

"aumente seu ego ate onde ninguém possa alcançar"

"destrua quem estiver na frente"

"esmague não importa quem seja o oponente".

Mas com o tempo o demônio começa a se calar

Meus olhos abrem e começo a despertar

E novamente aquele sentimento tão poderoso

Volta a descansar.