Bandolins

Ao som dos bandolins dourados

Dedilhados por dedos adocicados

Encontro-me em estase eminente

Pela sonoridade deveras atraente

Eis-me aqui, um expectador da vida

Que por sua vez segue mesmo sem mim

E o som que pode curar qualquer ferida

Vêm daqueles sagrados bandolins

A epifania de saber que há um além do além

Acolhe os pensamentos de quem acredita

Mas em contrapartida com o desdém

Há sempre os que não ouvem a verdade dita

Nesta linha tênue entre realidade e entusiasmo

Encontro-me nesse vórtice sem fim

Em uma sublime valsa triste com o acaso

Ao som dos dourados bandolins

Sou um sussurro em um alto-falante

Uma voz aguda em meio à multidão

Eis-me aqui, um expectador elegante

Tentando ter sempre a mesma visão

Os sons dos bandolins continuam a ecoar

Enquanto eu tento encontrar meu lugar

Aprecio a música e o melodrama

Sem querer levantar da minha cama

Não quero nada em troca da minha decisão

Apenas gostaria de ouvir um simples “sim”

Desejando que meu sofrimento não seja em vão

Por apreciar o som sagrado dos bandolins...

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 30/03/2019
Reeditado em 30/03/2019
Código do texto: T6611369
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