À Deriva
À Deriva
Singrar os mares da ilusão
Suavemente nessa tormenta
Rasgando o véu da realidade
Mergulho nesse meu mundo de solidão
Sangro pelos meus olhos toda dor
Como separar o corpo da alma ?
À luz que tenta tocar com carinho à escuridão
Ser uma nau navegando sozinho
Por arrancar meus sentimentos do coração
Rasgo o peito Sangra e choro
Às lágrimas da minha solidão
Sou barco à deriva às vezes suave
Muitas vezes perdido na minha confusão
Um dia desejei que o amor me toca-se
Depois outras mil noites não conseguir dormir
De tanto ouvir o pranto da minha alma
Que fazia dueto com o choro do meu coração
Solitário ser um barco à deriva desejo vento nas velas
Ter uma única direção sentir o balanço do mar
Um dia sonhei com teu amor me tocar
Te ter em meus braços luzir meus olhos com teu sorriso
Hoje vivo o pesadelo de ter um amor na despedida
Singrar os mares da emoção um dia já vivida
Agora afogo meu coração nesse oceano de minhas lágrimas
Sou barco à deriva sem rumo por não ter você
Restando apenas o amor e à solidão.
Ricardo do Lago Matos