MONÓLOGO
Quando as luzes se apagarem,
Os caminhos terminarem,
Perguntarei para mim,
Quem sou eu?
As respostas que vierem,
Os remorsos que sobrarem,
Falarão por mim.
Se o silêncio acontecer,
As palavras não chegarem,
A quietude de meus lábios,
Valerão muito mais que um discurso.
As luzes, os caminhos,
As palavras e o silêncio,
Todos serão ecos,
De uma indomável vontade:
De ser.
Mercê dela,
Os lábios se moverão,
As palavras fluirão,
Os rumores cessarão,
Os caminhos se abrirão,
As luzes serão acesas
E eu farei mais um discurso
Vai valer a pena?
A grandeza da alma,
Decerto,
Dirá que sim.
Rui Azevedo - 20.09.2007