Eu falo com as flores...

Eu costumo falar com as flores
E no silêncio perfumado
Elas entendem minha dor...
É dor de solidão!
Casa vazia...
Quartos fechados
Silêncio falante...
Que me coloca no passado
Recheado de lembranças...
Crianças brincando
Adolescentes brigando
Comida cheirando
E a alegria reinando...
Meu hoje é sempre pautado em lembranças
E do futuro eu tenho medo...
Não consigo mais fazer castelos
Tudo se resume ao passado e ao presente
Pois preencho o presente
Com as lembranças do passado
E assim, vou vivendo
Uma vida solitária
Onde as plantas e os animais
São meus reais companheiros...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho – Poetisa da Caatinga
Natal, 22.02.2019
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 24/02/2019
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T6582794
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