Solidão
Um mundo de gente ao meu redor
E sinto-me tão só!
Nada vale uma multidão
Se não temos quem queremos.
É tão relativo tudo na vida
Extremos são tão irreais quanto desconexos
Não há como fugir de nós mesmos
Por mais que queiramos esta fuga realizar.
Mas por mais que me sinta sozinha aqui
Não estou só no sentir
Pois tal como eu sinto
Um universo inteiro sente-se assim igualmente só.
Paradoxo do ser que insiste viver
Mais o ter que o ser.
Quem assume o sentir?
Quem quer arriscar-se na vida
E afirmar ser humano?
Ninguém! Nem eu mesma! Pior você!
Francilangela Clarindo