Solidão II
Solidão
Quem és você que tem muitos nomes ?
Que tanto chamo sem jamais me atender
Quem és você que faz jogos comigo ?
Eu um sonhador nos teus jogos de sedução vou perder
Quem és você que tens esse lindo sorriso ?
Que me encanta sem nem eu saber
Quem és você com essa voz gostosa aveludada ?
Faz toda minha alma inquietar te querer
Quem és você que nem sempre estás aos meus olhos ?
Quiçá no meu coração lá não encontrar você
Quem és você que tens tantos nomes ?
Meu amor, minha Madona, minha princesa, meu bem querer
E outros tantos nomes que nas primícias da madrugada
Entre sussurros quase indecentes só entre nós pode acontecer
Quem és você que minha busco durante no dia
Solitária és à noite não estás à mesa lá na cama tristeza
Onde sepulto lágrimas tento ser forte sem você
Quem és você que um dia à minha mão nos teus lábios tocará
Fez juras eternas de amor, ameaças não te divido meu coração feliz pulsará
Quem és você que tem tantos nomes diz que me amas ?
Jamais me assumes somos um caso complicado
Brigas, lágrimas, abandono, partidas
Cada um lambes suas próprias feridas
Será que entre nós existe amor, paixão ?
Ou mesmo fora jogo de sedução manipulação e prazer
Será que entre nós só existirá carência, tesão ?
Creio que o amor que do meu Porto partirá nesse mar revolto do teu peito
Naufragara ficará exilado num ilha esperando por teu socorro
Tu jamais ali um dia irá aparecer !
Hoje olha pra mim diz adeus levará mais que meu coração, meus sonhos
Levará todo meu amor que sinto por você !
Quem és você que tens tantos nomes que não pronunciarei outra vez
Hoje sou prisioneiro da solidão com uma pedra de tenaz na boca
Mesmo querendo chamar teu nome a dor me consome
Amor, amor, amor, apenas sussuros por você.
Ricardo do Lago Matos