Solidão
Ela chega sem pedir licença
Não bate na porta
Nem anuncia sua presença
Nem tão pouco se comporta
Depois que o dia passa
Parece estar mais violenta
Devagar ela aumenta
E muitas vezes ela devassa
Esconde o sorriso
Levando embora o brilho
Deixando uma nostalgia
Pensando no que não preciso
E nela não se vê nenhuma magia
Ecoa no interior como um grito
Esse ensurdecedor ao som do ouvido
Alto de mais causando um agito
O que não queria ser sentido
O nome da malvada é solidão
Consome a alma e o coração
Saudades do que não volta mais
Esperança em quem se quer demais
Viver é um ato de sabedoria
E se a noite se for sem seqüelas deixar
De dia ela não aterroriza
A fome que se tem só espera relaxar
Nos braços de quem não se vê
Mas que no olhar não inibe o almejar
Verdades são como a lua
Deixando mais claro o luar
E quando não estiver mais só
Sorrisos há de escapar
E seus lábios irá beijar
E no seu abraço irá encostar.