Solidão

Ela chega sem pedir licença

Não bate na porta

Nem anuncia sua presença

Nem tão pouco se comporta

Depois que o dia passa

Parece estar mais violenta

Devagar ela aumenta

E muitas vezes ela devassa

Esconde o sorriso

Levando embora o brilho

Deixando uma nostalgia

Pensando no que não preciso

E nela não se vê nenhuma magia

Ecoa no interior como um grito

Esse ensurdecedor ao som do ouvido

Alto de mais causando um agito

O que não queria ser sentido

O nome da malvada é solidão

Consome a alma e o coração

Saudades do que não volta mais

Esperança em quem se quer demais

Viver é um ato de sabedoria

E se a noite se for sem seqüelas deixar

De dia ela não aterroriza

A fome que se tem só espera relaxar

Nos braços de quem não se vê

Mas que no olhar não inibe o almejar

Verdades são como a lua

Deixando mais claro o luar

E quando não estiver mais só

Sorrisos há de escapar

E seus lábios irá beijar

E no seu abraço irá encostar.

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 05/01/2019
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