Mudos

As mãos fazem os versos

Minha boca é que complica

Aquelas conhecem caminhos

Que meu falar não explica

Meus pés sabem por onde vão

Minha boca é que complica

Ela se perde por labirintos

E o final não sabe onde fica

Meu olhar fala mil coisas

Minha boca é que complica

Quer comida e quer mil beijos

Se não der - ela implica

Meu pensamento vai ao infinito

Minha boca é que complica

Minhas vezes troca as palavras

E ao poema ela danifica

Todo silêncio fala mais alto

Minha boca é que complica

Eu juro que queria me calar

Mas minha voz sempre suplica...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 08/12/2018
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