O Diamante da Noite

A sinfonia da manhã

Me faz apaziguar na virtude

Dos sonhos onde naturalmente

Me afasto e brindo meu olhar

Com toques claros na escuridão

As pétalas de rosas afogam

Meu olhar em um prato de ilusões

Escrevo meus versos

Em cima do diamante da noite

Onde as similaridades de minhas ideias

Confiscam meu desejo de amar

Solitário vendo a água de chuva

Correr sobre meus dedos

Na esperança de atingir

Um apoteótico final em minha história

Descrevo minhas lindas passagens afundadas

Em versos lindos

Que transpira meus sentimentos

Na dor de não me compreenderem

Me afasto subitamente no horizonte

Usurpando meu entendimento

No reino encantado da luz

Onde me desespero reformulando

A mágoa orquestrada pelos meus sonhos

Onde descrevo cabisbaixo

A avenida até chegar

Ao caminho da consolação

Que paira sobre meu entender

A chuva esqueceu de mim

Não me banha com sua água

Majestosa de ternura

O sol não quer se lembrar

De mim ele não quer me abrasar

Com o seu calor e eu sozinho

No reino de meus pensamentos

Me afastando da bela e rica

Imagem do amanhecer

Que subitamente se afasta

Do reino da constelação dos sonhos

A solidão galga sobre mim

Nos terrenos sombrios da luz

Um herói nunca desiste de seus sonhos

Onde a opção é se manter de pé

E viver no meio das armadilhas

Que cicatrizam minha alma

Estou me afastando da multidão

Pois descrevo meus sentimentos

Da saudade que tenho em estar

Do seu lado

E muitas vezes não ser compreendido

Mas depois de meu sossego

Viverei um tempo de paz

Escrevendo tristes poesias

Sobre a dor da solidão