A Lua dama rubra
Quem viu a Lua vermelha ontem, no negro da fria noite.
Não teve noção da raiva dela.
Nunca viveu com profunda intensidade um desencontro.
Não viu o que a cena nos revela.
Imaginem a triste cena agora:
Uma linda dama toda perfumada,
Batom de leve tom a brilhar nos lábios.
Trajada de um vestido de pérolas,
Num salto alto do mais puro cristal.
Segue a cena:
A dama com um penteado prateado,
Adornado com uma magnifica coroa em véu.
Acompanhando essa bela dama até o local marcado,
No crepúsculo do entardecer a carruagem de estrelas.
Só um pouco mais:
A bela amada, já toda ansiosa no local combinado.
Esperando ali o seu majestoso amado o grande astro,
Para que ela possa enfim entrega-se ao seu laço num abraço.
As horas passam, e o entardecer acaba e apenas um aceno.
Finalizando a cena:
De repente, o prateado lunar se enrubesce,
O vermelho se faz vivo e forte no brilho da bela dama.
Parece ser do nada, toma de uma ressentida raiva,
E assim essa triste cena em suas quatros fases se repete.
Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.