A Lua dama rubra

Quem viu a Lua vermelha ontem, no negro da fria noite.

Não teve noção da raiva dela.

Nunca viveu com profunda intensidade um desencontro.

Não viu o que a cena nos revela.

Imaginem a triste cena agora:

Uma linda dama toda perfumada,

Batom de leve tom a brilhar nos lábios.

Trajada de um vestido de pérolas,

Num salto alto do mais puro cristal.

Segue a cena:

A dama com um penteado prateado,

Adornado com uma magnifica coroa em véu.

Acompanhando essa bela dama até o local marcado,

No crepúsculo do entardecer a carruagem de estrelas.

Só um pouco mais:

A bela amada, já toda ansiosa no local combinado.

Esperando ali o seu majestoso amado o grande astro,

Para que ela possa enfim entrega-se ao seu laço num abraço.

As horas passam, e o entardecer acaba e apenas um aceno.

Finalizando a cena:

De repente, o prateado lunar se enrubesce,

O vermelho se faz vivo e forte no brilho da bela dama.

Parece ser do nada, toma de uma ressentida raiva,

E assim essa triste cena em suas quatros fases se repete.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 12/11/2018
Reeditado em 12/11/2018
Código do texto: T6500795
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