PASSEIO AO FAROL
Havia o farol
E eu o queria como faroleiro,
Pois tinha faro e foro
para ser o sinaleiro.
Mas não havia sino,
Apenas o sinal facho de luz.
Não havia tino
De deixar de ser avestruz.
Eu e a ilha a milhas e milhas,
Sem tino, sino, sinal
E a vergonha oculta na cavidade arenosa,
E o Sol, eo calor, e toda aquela areia
Aquecida pela candeia.
Não era mais carne, mas vidro.