A MADRUGADA
A MADRUGADA
A cortina fria e leve da madrugada chega
Sorrateira e delicada
Leva-nos o sono em teu nebular
Se instala sem licença pedir
E nos impede de sonhar.
Oh! Fria madrugada
Seja breve
Amanheça o teu dia
Com raios quentes
Do sol no nascente e
Aqueça este coração
Que de tanto esperar
Tornou-se carente.
Em tua leveza
Sejas confortante
Devolva-me os sonhos
Desta bela amante.
Já se passam as horas e
Como lágrimas de saudades
Molhando os pensamentos,
Goteja o orvalho
Encharcando os sentimentos.
Natal, 03/09/2016
Reeditado em Lisboa, 14 de novembro de 2018
Maria Tecina