NAS TREVAS DA MADRUGADA

Tão calmo lá fora só gatos a ronronar
E aqui tão deserto no meu coração
Não vejo um oásis, não vejo razão.
 
Um cachorro latindo lá muito distante
Ligo a luz é só vejo paredes sem cor
Sem a sua presença, cadê o amor?
 
O grilinho que canta na minha parede
Vou da cama pra rede pra me balançar
Ouço um galo cantando para o mundo acordar.
 
Os meus olhos tão secos, Minh ‘alma vazia
Vejo o claro do dia pela fresta entrando
O que resta da vida nesse mundo tirano?
 
Se a vida se torna esse grande estupor
Sem amor é um fardo viver por viver
Venha logo amor não me deixa morrer.
 
Outro dia você veio e me trouxe a paz
Foi um sonho demais, que tamanha emoção
Um momento de alegria longe da solidão.

JOEL MARINHO


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