INCOMUM
INCOMUM
Tudo, já me é Ilusão.
Sempre só, sendo esquecida,
Alma inquieta, em combustão
A minha mente já endoidecida.
Se me resta, vida!
Talvez cansada ela dorme...
Apetecendo enternecida,
Uma esperança esvaída.
Dizem que cantar cura,
Alguns males do nosso ser.
Melodia triste sem brandura;
Até a alegria de mim, esmorecer.
Vês os meus olhos incautos,
Dum brilho se apagando?...
Mergulhados num céu alto;
Um breu, já se antecipando.
Dorme no peito meu coração.
Vive na lembrança uma dor,
Vozes caladas em oração.
Mas tudo passa...
Em mim já morreu!
Alegria que me és escassa;
Fantasmas do meu antigo Eu.