Flores.

Demora

E de tanto que demora

Tem vezes que os rios secam

São coisas que não se explica

A gente apenas as aniquila

Enquanto isso

O Sol no Céu

Ele só desfila

Tem horas que ele faz isso

No mais, as flores se vão

Cada uma disse o que pensa

Em suma: tranqüila tonalidade

Seu credo, seu medo ou crença

A gente não sabe o que sente o Sol

É hora, tem horas que eu sei

Que a frase bonita passou

Vai chegar dezembro, conforme os planos

Mas a diferença é de tantos anos

Cá no meu canto

Planto prantos e poesias

Quem sabe um dia

Por tanto plantá-las

As uso

Num triste dialeto

de tantas falas

Mas não traduzo

Hoje eu já sei

Que nunca vai ser agora

Demora!

Edson Ricardo Paiva.