Solidão
Solidão
Sopra o vento essa melodia triste
Que vem dos confins da terra desolada
Ecoa dentro de mim à mesma canção
Sinto uma alma à carpir sozinha
Refém da sua própria solidão
Lágrimas em todo lugar às vejo com exatidão
Contorce o silêncio dentro de ti até esquece que pode sorrir
Será que um dia foi alegre esse machucado coração ?
Vejo como está sedento por amar
Contudo o medo o trancou nessa prisão
Pena teus sentimentos sufocar
Destes teus lábios o amor quer brotar
Os teus olhos grita por aceitação
Existe tristeza no teu olhar
Parece que distante algo à buscar
Talvez à chave dessa prisão
Solidão destrói por dentro com tanta força que às janelas da alma derramam de dor
Sorria e busque o calor que está mantido em segredo
Em outro coração que um dia amou e muito se magoou
Perdido nas cinzas da emoção até aquela pobre alma
Desconhece que existe nele à brasa viva do amor capaz de queimar em dois corações.
Ricardo do Lago Matos