Que a solidão me sirva de travesseiro
Que a insônia acalente a minha dor
Que as almas penadas de mim tenham pena
E me abracem forte em um abraço coletivo.
O que seria da minha dor sem meus amigos imaginários?
Às vezes eles me irritam, outras me fazem sorrir.
E eu trancado em meu quarto converso com a madrugada
Que com o olhar combalido já ver o sol chegar
Aos poucos esvanecendo e se desfazendo no ar.
Abraça-me solidão, abraça-me!
Faça de mim a tua graça
E deixa-me em teus braços repousar.
Joel Marinho