Covarde!
Tudo que eu vivi
É apenas criação do medo.
Tão acostumado a fugir,
E não saber o que fazer...
Perdas que vieram fazer
Meu mundo ruir!
Pensava ser majestade,
Porém não aguentei uma chuva,
Quem diria uma tempestade ?
Todas as figuras que
Me um dia foram exemplos,
Se tornaram desprezo.
Meus ídolos ofuscaram
Meu reflexo.
Meus olhos
Que hoje não enxergam,
Pois aos poucos
Perdi a visão...
E já não tenho forças pra
Levantar - me do solo.
Todos vivem mentiras,
Uma porção de hipocrisia.
Numa bola de neve,
Onde o que se sobressai
É o que mais mente!
Então desse fruto,
Qual seria a abonancia
Das sementes ?
Não tenho a coragem
Pra encarar a verdade,
Também não me culpo
Por ser tão covarde!
Já que a própria realidade
É substituída,
Onde todos são frágeis.
Com diversas cicatrizes e feridas....