Gosto de ficar só

As janelas de casa estão abertas

posso ver o céu bem azul, bem anil

há um silêncio ao meu redor

não escuto nenhum resquício de palavras

palavras soltas e férteis.

Escuto em minha vitrola antiga

canções antigas de amor antigo

gosto da essência da nostalgia

da beleza cândida e lírica

das coisas que não voltam mais.

Há um aroma doce no ar

um chá fervendo e um gosto de mel

que escorre pela veia de sonhadores.

A minha poesia é escrita de sentimentos

sentimentos febris de vida e eternidade.

Temo a morte e a realidade do pó

do pó viemos e do pó retornaremos:

Mas gosto da excelência da beleza

das coisas bonitas e pueris

gosto da lágrimas que bramem em saudade

gosto de ficar só.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 07/09/2018
Código do texto: T6442297
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