MONOTONIA
Calaram-se todas as vozes,
a reais e virtuais,
ninguém me quer mais...
estou só...como um nada na terra,
como um átomo somente,
mergulhado em minha mente...
Sinto-me neste instante,
como dantes no útero materno,
como um ser subalterno,
oculto e dependente,
sem vida própria,
como um sopro invisível e eterno...
Na quietude deste quarto acolhedor,
nesta carência de amor,
extravaso o meu marasmo,
sem vergonha e sem sarcasmo,
transbordo a monotonia
reinante em meu interior...
(imagem do google)