SOLIDÃO
Quando estou só sento na areia da praia,
quero apenas entender que acontece no ar
pego grãos de areia nas mãos e olho....
e ali na minha frente percebo ter
respostas escritas nos grãos sobre a solidão
penso como faço para ler e entender
jogo areia de uma mão para outra mão
trinta centímetros de distâncias e a resposta...
aos poucos areia caem de uma para outra mão
faço isso durante uma hora até o ultimo grão
no final as mãos ficam totalmente vazias e só
penso na areia que cai, que volta ao chão
vejo a imagem da consolidação para separação
percebo haver divergência, não mais união
vejo a imagem do grão de uma a outra mão
em momentos um vento bate e tudo se vai
percebo não ser dono do momento, cadê meu ar?
meus olhos a metros observam e nada dizem
e assim o grão de areia e as mãos ficam vazias
a areia foi, assim como pessoas que gosto vão
ao terminar olho para o chão, vejo novos grãos
assim como olho para frente e vejo novos seres
volto a pegar os grãos assim como quero um novo ar
e assim a vida é de grãos de areias que caem e se vão
e assim a vida é feita de pessoas que vem e que vão
e é lendo esses grãos que tento entender toda solidão