Testemunha.
Ó lua que se abre na claraboia
Vós tão santa, como eu, ei, namorar
E de anjo, com vida, sois testemunha
Trazendo meu pranto, para as estrelas!
De tocaia sobre o alento
Meu cântico é o sentimento
Do meu penar delindo a saudade
Do meu beijo doce no esquecimento!
Às vezes, lhe cubro, com o resquício
E eu ei, que minhas lágrimas vão
Mas vão com algum néscio, ou não?
Feito borboleta no jardim vazio
Trilhar, bem lécito o absinto
Pois cá, eu sou, sua sentinela!