ESPINHOS

Envoltos nos ruídos das cidades ou

No calor e na poeira seca dos sertões

Vagamos por uma atmosfera de decepções

Em busca da utopia da felicidade.

Nossos jardins há tempos sem flores,

Pois esquecemos a solidariedade,

Vivendo nos turbilhões da vaidade,

Cultivamos ervas daninhas em dores.

Os caminhos dominados por crótons de espinhos

Machucando os corações frágeis em busca de amor,

Obrigando-os a se refugiarem em abstrações e em temor,

Sendo torturados pela crua realidade do destino.

Destruíram as pontes da fraternidade,

E nos colocaram a vagar sem sentido.

Na ilusão do consumo que nos faz perdidos,

Caminhamos rumo ao horizonte de ambiguidades.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 11/08/2018
Código do texto: T6416076
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