ESPINHOS
Envoltos nos ruídos das cidades ou
No calor e na poeira seca dos sertões
Vagamos por uma atmosfera de decepções
Em busca da utopia da felicidade.
Nossos jardins há tempos sem flores,
Pois esquecemos a solidariedade,
Vivendo nos turbilhões da vaidade,
Cultivamos ervas daninhas em dores.
Os caminhos dominados por crótons de espinhos
Machucando os corações frágeis em busca de amor,
Obrigando-os a se refugiarem em abstrações e em temor,
Sendo torturados pela crua realidade do destino.
Destruíram as pontes da fraternidade,
E nos colocaram a vagar sem sentido.
Na ilusão do consumo que nos faz perdidos,
Caminhamos rumo ao horizonte de ambiguidades.