A NEBLINA
Baixa que quase me toca
Fria tão qual teu coração
Cinzenta a cortina opaca
Esconde o brilho que tens
O sorriso que perfeito escondido
Já foi um dia meu alento
Por mais que hoje eu tento
Esse escuro rouba-te de mim
Se esconde debaixo da névoa
E forma gotas que pingam nos lábios
Tão doces beijos de canto de boca
E finge não querer mais
O que outrora já foi todo seu
É frio. É sombrio
És parte de mim
Molhado de orvalho assim vou estar
A pele gelada aguenta ainda mais
A loucura de encontrar-te até amanhecer.