A NEBLINA

Baixa que quase me toca

Fria tão qual teu coração

Cinzenta a cortina opaca

Esconde o brilho que tens

O sorriso que perfeito escondido

Já foi um dia meu alento

Por mais que hoje eu tento

Esse escuro rouba-te de mim

Se esconde debaixo da névoa

E forma gotas que pingam nos lábios

Tão doces beijos de canto de boca

E finge não querer mais

O que outrora já foi todo seu

É frio. É sombrio

És parte de mim

Molhado de orvalho assim vou estar

A pele gelada aguenta ainda mais

A loucura de encontrar-te até amanhecer.

Paulo Roberto Fernandes
Enviado por Paulo Roberto Fernandes em 05/08/2018
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