Minha Poesia Morre

Minha poesia morre...

Quando vejo a maldade dos homens

Tão tolos e tão mesquinhos

Correndo por tão falsas ilusões...

Morre aos poucos

Quando vê as guerras acontecerem

Morre de uma vez só

Quando todos os amores partem...

Minha poesia morre...

Quando todas as crianças choram

E todos os meus sonhos

Se desfazem feito fumaça no ar...

Morre aos berros

Ao presenciar a insensatez humana

Morre em silêncio

Quando não vê esperança em parte alguma...

Minha poesia morre...

No colo das mães desesperadas

Nos asilos com os velhos abandonados

Pelas ruas onde vivem desamparados...

Morre tão demente

Sem entender o porquê da vida

Morre do jeito mais são

Ainda com um tênue fio de esperança...

Minha poesia morre...

E mesmo morrendo todos os dias

Ressuscita em alguns momentos

Para galopar em brancas nuvens...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 29/07/2018
Código do texto: T6403443
Classificação de conteúdo: seguro