Reles Mortal
Cansei das festas que não sei dançar
E das preces que não sei rezar
Então pra que se preocupar?
Com tudo isso que é impermanente
Passageiro, líquido, mas não quero ficar
De corpo presente, pois não sei fingir
Que encontrei gente ou lugar
Que me fizesse, realmente sentir
Como é ser sinceramente humano
Sinceramente desapegado
Somente cansado e frustrado
Com os prazeres mundanos
Que não me completam realmente
Só disfarçam o medo presente
De um pesadelo real
Mas quem sabe, daqui pra frente
Eu seja um pouco mais indiferente
E mortal
Reles mortal.