Só na escuridão
Trancada no quarto, sozinha na escuridão,
Observo pela janela a chuva caindo lá fora,
Tão linda, tão pura e inocente.
Gostaria de tocá-la, de me lavar
Em sua imaculada beleza e assim
Me livrar de toda mancha que me suja,
De toda dor que me consome, que me corrói.
Mas não posso pois estou presa,
Acorrentada por correntes de dor,
Uma dor imobilizante
Um mal que é tão agonizante
Que me faz ficar aqui, ficar assim,
Apenas observando a chuva na escuridão,
Na eterna escuridão.