ESTRADAS DE SILÊNCIO
Mais uma vez surpreendo-me numa existência fria,
Vejo-me distante em estradas sem amor,
Contemplando meu jardim estéril, sem flor.
E caminhando cansado, sigo em minha lida.
Sou surpreendido andando solitário,
Sinto em meus passos a ausência da mocidade,
Caminhando em direção oposta à felicidade
E tento em vão, uma evasão tal qual cansado operário.
Sinto-me vagando na atmosfera. Como cinza ao vento,
Fiquei perdido em meus próprios caminhos
E enganei-me com o nada, acreditando num sonho de momento.
Manterei a esperança de um dia meu solo inóspito florescer,
De cultivar minhas próprias flores, essência do meu ser.
E então, caminhar entre as estrelas e contemplar o verdadeiro silêncio.