ESTRADAS DE SILÊNCIO

Mais uma vez surpreendo-me numa existência fria,

Vejo-me distante em estradas sem amor,

Contemplando meu jardim estéril, sem flor.

E caminhando cansado, sigo em minha lida.

Sou surpreendido andando solitário,

Sinto em meus passos a ausência da mocidade,

Caminhando em direção oposta à felicidade

E tento em vão, uma evasão tal qual cansado operário.

Sinto-me vagando na atmosfera. Como cinza ao vento,

Fiquei perdido em meus próprios caminhos

E enganei-me com o nada, acreditando num sonho de momento.

Manterei a esperança de um dia meu solo inóspito florescer,

De cultivar minhas próprias flores, essência do meu ser.

E então, caminhar entre as estrelas e contemplar o verdadeiro silêncio.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 07/07/2018
Reeditado em 14/07/2018
Código do texto: T6383922
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